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Tarcísio e Caiado: os grandes vencedores de 2024 e potenciais líderes de 2026
Nas eleições de 2024, os governadores Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado consolidaram seu poder político, conquistando a maioria das prefeituras de seus estados. Com alianças estratégicas que romperam barreiras partidárias, ambos se posicionam como lideranças nacionais para 2026, deixando claro que o futuro político do Brasil passa por São Paulo e Goiás
por Paulo Melo*
O cenário político brasileiro tem revelado novos protagonistas e consolidado trajetórias de liderança que podem redesenhar o futuro do país. Nas eleições de 2024, os governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ronaldo Caiado, de Goiás, despontaram como figuras centrais, comprovando sua força política e a capacidade de influenciar eleições locais.
Com impressionantes 96% das prefeituras de São Paulo conquistadas por candidatos apoiados por ele, Tarcísio alcançou um feito significativo. Em Goiás, Ronaldo Caiado obteve sucesso semelhante, com 94% dos municípios do estado optando por candidatos que contaram com seu apoio. Essa marca solidifica o domínio político de ambos os governadores em seus estados, um resultado extraordinário e digno de registro na política contemporânea.
O sucesso de Caiado é ainda mais notável quando observamos as alianças que ele construiu. Sua liderança superou barreiras partidárias, atraindo até candidatos de legendas como o PL, caso de Carlinhos do Mangão em Novo Gama, no Entorno de Brasília, e Márcio Correia, da cidade industrial de Anápolis, que, até março deste ano, estava filiado ao MDB. Em São Paulo, Tarcísio também conseguiu criar uma rede de apoio que foi decisiva para seu sucesso.
Há outro marco histórico nestas eleições: a rara eleição de prefeitos das capitais alinhados com os governadores. Em Goiás, há mais de 40 anos não se via um prefeito de Goiânia eleito sob o mesmo partido do governador. Em São Paulo, embora já tenhamos presenciado alianças entre o governo estadual e a prefeitura da capital – como foi o caso de Geraldo Alckmin governador e José Serra prefeito em 2004, com José Serra governador e Gilberto Kassab prefeito em 2008, com Geraldo Alckmin governador e João Doria prefeito em 2016 e João Doria governador e Bruno Covas prefeito em 2020 e agora com Tarcísio de Freitas governador e Ricardo Nunes prefeito, esse cenário de 2024 reforça essa continuidade, e o impacto dessas eleições pode ser um fator decisivo na política das capitais e no fortalecimento de ambos os estados.
por Paulo Melo*
O cenário político brasileiro tem revelado novos protagonistas e consolidado trajetórias de liderança que podem redesenhar o futuro do país. Nas eleições de 2024, os governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ronaldo Caiado, de Goiás, despontaram como figuras centrais, comprovando sua força política e a capacidade de influenciar eleições locais.
Com impressionantes 96% das prefeituras de São Paulo conquistadas por candidatos apoiados por ele, Tarcísio alcançou um feito significativo. Em Goiás, Ronaldo Caiado obteve sucesso semelhante, com 94% dos municípios do estado optando por candidatos que contaram com seu apoio. Essa marca solidifica o domínio político de ambos os governadores em seus estados, um resultado extraordinário e digno de registro na política contemporânea.
O sucesso de Caiado é ainda mais notável quando observamos as alianças que ele construiu. Sua liderança superou barreiras partidárias, atraindo até candidatos de legendas como o PL, caso de Carlinhos do Mangão em Novo Gama, no Entorno de Brasília, e Márcio Correia, da cidade industrial de Anápolis, que, até março deste ano, estava filiado ao MDB. Em São Paulo, Tarcísio também conseguiu criar uma rede de apoio que foi decisiva para seu sucesso.
Há outro marco histórico nestas eleições: a rara eleição de prefeitos das capitais alinhados com os governadores. Em Goiás, há mais de 40 anos não se via um prefeito de Goiânia eleito sob o mesmo partido do governador. Em São Paulo, embora já tenhamos presenciado alianças entre o governo estadual e a prefeitura da capital – como foi o caso de Geraldo Alckmin governador e José Serra prefeito em 2004, com José Serra governador e Gilberto Kassab prefeito em 2008, com Geraldo Alckmin governador e João Doria prefeito em 2016 e João Doria governador e Bruno Covas prefeito em 2020 e agora com Tarcísio de Freitas governador e Ricardo Nunes prefeito, esse cenário de 2024 reforça essa continuidade, e o impacto dessas eleições pode ser um fator decisivo na política das capitais e no fortalecimento de ambos os estados.
Bolsonaro se envolveu diretamente nas campanhas de Fred Rodrigues em Goiânia e do Professor Alcides em Aparecida de Goiânia, chegando a acompanhar os candidatos no momento de votação, em uma tentativa clara de derrotar Ronaldo Caiado e enfraquecer sua posição para 2026. Esse movimento visava atrasar o que tem sido considerado o mais promissor programa de desenvolvimento do país, liderado por Caiado. Contudo, a força política de Caiado prevaleceu, elegendo Leandro Vilela em Aparecida e Sandro Mabel em Goiânia, reafirmando seu domínio e popularidade no estado de Goiás.
Na perspectiva de 2026, Tarcísio, Caiado e Gilberto Kassab se destacam como os grandes líderes a serem observados. É visível o potencial de Tarcísio, que, caso mantenha a prudência, poderia optar por apoiar Caiado à presidência, garantindo o avanço do bolsonarismo com um vice de sua ala, e consolidando sua própria reeleição em São Paulo. Esse caminho abriria as portas para ele, com uma base política ainda mais robusta, tentar a presidência em 2030, quando completará oito anos como governador do estado mais pujante do Brasil. Esse plano, naturalmente, exige que o ego político de Bolsonaro permita a aliança e a indicação do vice.
Gilberto Kassab se destaca como uma peça-chave no cenário político nacional, com seu partido, o PSD, elegendo 891 prefeitos em 2024, mantendo influência tanto no governo Lula, onde ocupa três ministérios, quanto no governo Tarcísio em São Paulo, onde atua como secretário de Governo e Relações Institucionais.
Bolsonaro e a direita radical, assim como a esquerda radical representada por Boulos, foram os grandes perdedores destas eleições de 2024. Os verdadeiros vencedores foram os moderados e a centro-direita, que conquistaram a confiança do eleitorado ao trazer estabilidade e pragmatismo para o cenário político nacional.
Este cenário ilustra uma possível reconfiguração na disputa nacional, onde liderança, pragmatismo e construção de alianças estratégicas poderão ser determinantes. Tarcísio e Caiado se posicionam, assim, como arquitetos de uma nova era política no Brasil.
Na perspectiva de 2026, Tarcísio, Caiado e Gilberto Kassab se destacam como os grandes líderes a serem observados. É visível o potencial de Tarcísio, que, caso mantenha a prudência, poderia optar por apoiar Caiado à presidência, garantindo o avanço do bolsonarismo com um vice de sua ala, e consolidando sua própria reeleição em São Paulo. Esse caminho abriria as portas para ele, com uma base política ainda mais robusta, tentar a presidência em 2030, quando completará oito anos como governador do estado mais pujante do Brasil. Esse plano, naturalmente, exige que o ego político de Bolsonaro permita a aliança e a indicação do vice.
Gilberto Kassab se destaca como uma peça-chave no cenário político nacional, com seu partido, o PSD, elegendo 891 prefeitos em 2024, mantendo influência tanto no governo Lula, onde ocupa três ministérios, quanto no governo Tarcísio em São Paulo, onde atua como secretário de Governo e Relações Institucionais.
Bolsonaro e a direita radical, assim como a esquerda radical representada por Boulos, foram os grandes perdedores destas eleições de 2024. Os verdadeiros vencedores foram os moderados e a centro-direita, que conquistaram a confiança do eleitorado ao trazer estabilidade e pragmatismo para o cenário político nacional.
Este cenário ilustra uma possível reconfiguração na disputa nacional, onde liderança, pragmatismo e construção de alianças estratégicas poderão ser determinantes. Tarcísio e Caiado se posicionam, assim, como arquitetos de uma nova era política no Brasil.
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