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Precificação de serviços de gestão condominial: desafios e estratégias para síndicos profissionais

Síndicos profissionais enfrentam desafios na precificação de serviços
Síndicos profissionais enfrentam desafios na precificação de serviços - Imagem de Creativeart / Freepik

Especialistas orientam síndicos profissionais sobre fatores-chave, custos e estratégias para honorários justos e competitivos

Em um mercado cada vez mais competitivo, a precificação adequada dos serviços de gestão condominial tem se tornado um desafio significativo para os síndicos profissionais. Uma recente discussão entre especialistas do setor e a Assosíndicos DF lançou luz sobre as complexidades envolvidas nesse processo e ofereceu orientações valiosas para os profissionais da área. 

A possibilidade de criar uma tabela de precificação básica em conjunto com associações de síndicos é uma ideia que oferece um ponto de partida. Porém, é fundamental que cada profissional faça uma análise criteriosa de seus próprios custos e das especificidades de cada condomínio para estabelecer preços justos e competitivos.

Contrariamente à prática comum de basear os honorários apenas no número de unidades do condomínio, os especialistas enfatizam a necessidade de uma abordagem mais abrangente. Fatores como a complexidade das áreas comuns, a idade do empreendimento, o perfil dos moradores e a localização do condomínio em relação à base do síndico devem ser considerados na formulação de uma proposta adequada.

Um ponto destacado na discussão é que não existe um preço tabelado ideal para os serviços de sindicatura. Cada empresa ou profissional autônomo possui uma estrutura de custos única, que deve ser cuidadosamente avaliada. Os custos fixos, como pró-labore, aluguel e despesas de comunicação, somados aos custos variáveis, como combustível e impostos, formam a base para o cálculo do custo-hora do profissional.

Para uma precificação eficaz, os síndicos são aconselhados a realizar um levantamento detalhado do condomínio antes de apresentar uma proposta. Isso inclui analisar a quantidade de unidades, as áreas comuns, a idade do empreendimento e o perfil dos moradores. Ademais, devem considerar possíveis custos adicionais, como a necessidade de contratar serviços terceirizados para atender demandas específicas do condomínio.

Segundo o presidente da Assosíndicos DF Emerson Tormann muitos profissionais estão percebendo que é mais vantajoso abrir mão de honorários elevados em favor de uma maior liberdade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Esta abordagem não apenas permite uma precificação mais justa e transparente, mas também possibilita ao síndico gerenciar melhor seu tempo e assumir múltiplos condomínios, diversificando sua carteira de clientes.

"Observamos uma tendência crescente entre os síndicos profissionais de adotar um modelo de cobrança flexível, baseado no número de horas efetivamente dedicadas à administração do condomínio", completa Tormann.

É importante notar que, em Brasília, a média de remuneração para gestores de condomínios de tamanho médio e baixa complexidade das áreas comuns gira em torno de três salários mínimos. No entanto, este valor serve apenas como referência, pois cada caso deve ser analisado individualmente.

É fundamental ressaltar a necessidade de os condomínios levarem a questão da remuneração do síndico profissional à assembleia geral antes da contratação. Esta medida visa estabelecer um teto máximo para o pró-labore, alinhando-o com a capacidade financeira do condomínio, sua arrecadação e previsão orçamentária.

Tal prática não apenas promove a transparência, mas também previne possíveis conflitos futuros e assegura que os gastos permaneçam dentro dos limites aceitáveis para os condôminos. É importante notar que alguns condomínios possuem regras específicas em suas convenções quanto ao pró-labore do síndico, as quais devem ser rigorosamente observadas. 

A aprovação em assembleia garante que a contratação do síndico profissional esteja em conformidade com as normas do condomínio e com a vontade coletiva dos moradores, promovendo uma gestão financeiramente responsável e juridicamente segura.

Resumindo, a precificação adequada dos serviços de gestão condominial requer uma análise minuciosa tanto da estrutura de custos do síndico quanto das características específicas de cada condomínio. Somente assim será possível estabelecer honorários que reflitam o valor real do serviço prestado e garantam a sustentabilidade do negócio.

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